Enfim só!
rosa pena

Em algum momento o amor percebe o desequilíbrio entre as lembranças compartilhadas, “cumpliciadas” e o aceno de um futuro diferente. Começa a desandar com a consciência de que a nostalgia excede o volume de quaisquer outras emoções de agora ( nem tem) ou que venham a ser provocadas no futuro.
O ronco supera o beijo.
O jogo X a novela.
O grito ao silêncio.
Presente surpresa?
Onde, quando, por que?
Sexo festivo em algumas poucas ocasiões para cumprir tabela.
A isso se segue a percepção de que esse amor  se baseia, "no foi" em lembranças, que atualmente muito pouco existe em comum (não entra o amor eterno pelos filhos) e  para proteger o que era ternura  é melhor interromper a relação já!
Litigioso?
O nosso agora é meu, teu na sentença. Me poupe.
Baixaria não!
Talvez  por isso, muitas vezes um amor que termine sem tempestades, provoque uma sensação de alívio. 
Eu queria, tu querias, nós queríamos liberdade, privacidade, sair por ai sem hora.
Enfim só! Que fique a  amizade!
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 07/01/2020
Alterado em 10/01/2020





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