Paranoia delirante
                    Rosa Pena


Amor... Meu amor.
Como nós somos belos! Completamente lindos!
Com você não tenho medo de ser frágil, de ser boba, de ser feia, pois me sinto sempre bonita, de ser eu, de ser partida.Você, ternura, me cola por inteiro!
Ontem à noite dormi ouvindo você falar no meu ouvido. Acho que cantava como o Ivan Lins.Seria a música Lembra de Mim?

Somos suaves, somos fortes, somos poucos, somos muitos!
Ah, se as pessoas do mundo se entregassem ao amor assim como nós, minha certeza, minha delicadeza, minha paixão. Adoro que me abrace forte a cada noite, a cada dia, no frio, no calor, em todas as antíteses da vida.

Chovo e como chovo, olhos, boca. O corpo todo fica molhado de uma alegria bonita vinda de uma nuvem que se derrete toda com o nosso apego!
Meu amor, meu colírio, meu delírio!


Nessa perspectiva o delírio aparece não apenas como um sintoma da enfermidade, mas como uma busca pela reorganização e reconstrução do mundo interno (que pode ser reorganizado em maior ou menor grau, mas jamais voltará a ser como outrora).

Por que o diagnóstico?
Só os insanos insistem em viver eternamente apaixonados.

Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 25/03/2009
Alterado em 25/07/2009
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